Fonte: NN - Matheus Franco. 
Postado em 26.05.2011, 10:21 am
A  5X Petróleo dessa semana é com o presidente da BP no Brasil, Guillermo  Quintero, que fala sobre o início das operações da empresa no país,  através da aquisição de ativos da Devon Energy, autorizada pela Agência  Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
1X  Com a autorização da ANP para aquisição dos ativos da Devon no Brasil, a  BP poderá se tornar operadora. Como se deu esse processo e qual a sua  importância para a estratégia da BP no país?
A BP está  muito feliz com a conclusão do processo de compra da Devon Energy do  Brasil, que nos dá acesso a oito blocos marítimos e dois blocos  terrestres no Brasil.  Estamos muito honrados com a confiança depositada  em
  nós pelas autoridades brasileiras e esperamos retribuir essa confiança  contribuindo para o desenvolvimento do País, gerando empregos e  desenvolvendo a indústria local de bens e serviços.
  nós pelas autoridades brasileiras e esperamos retribuir essa confiança  contribuindo para o desenvolvimento do País, gerando empregos e  desenvolvendo a indústria local de bens e serviços.Para nós, é um  privilégio poder participar de um momento tão importante para o Brasil.  É estimulante participar do crescimento da indústria brasileira de  petróleo e queremos firmar o compromisso de estabelecer programas  sólidos que tragam benefícios a todos – à sociedade brasileira, aos  nossos sócios, aos nossos funcionários e ao Grupo BP. O Brasil é  protagonista na produção mundial de energia.  A BP não poderia deixar de  atuar aqui e nosso retorno marca a disposição da empresa em ser uma das  maiores companhias de energia em atuação no país.
2X Qual  a expectativa da BP para os blocos que adquiriu no negócio com a Devon?  Além disso, quais os planos da companhia para o pré-sal brasileiro?
Nós  estamos muito animados com a qualidade do portfólio adquirido da Devon,  que inclui 10 concessões, sete localizadas na Bacia de Campos, uma na  Bacia de Camamu-Almada e duas em terra na Bacia do Parnaíba. A BP passou  a ser operadora do Campo de Polvo, que atualmente produz cerca de 25  mil barris de petróleo por dia, além de participar em quatro descobertas  da Bacia de Campos: Xerelete, Itaipu, Wahoo e Fragata.
As  descobertas de Itaipu e Wahoo estão localizadas no pré-sal e estão  atualmente sendo analisadas de acordo com planos de avaliação já  aprovados pela ANP. Além disso, a BP está interessada em participar da  11ª Rodada, que não inclui blocos no pré-sal, e está ativamente  avaliando outras oportunidades de parceria, tanto no pré-sal como no  pós-sal.
3X Uma próxima rodada de licitação de blocos de  petróleo e gás deve acontecer no segundo semestre desse ano. Diante  dessa nova condição da BP no Brasil, qual o posicionamento da empresa  frente a essa oportunidade?
A BP tem interesse em  participar tanto da 11ª rodada de licitações da ANP, sob o regime de  concessão, quanto das futuras licitações do pré-sal sob o novo regime de  partilha de produção. Iremos aguardar os editais para conhecermos as  condições em que os blocos serão oferecidos e, assim, avaliar quais são  os mais atrativos para nossa estratégia de expansão.
4X  Como a BP lida com a possibilidade de desconfiança em sua operação no  Brasil, motivada pela repercussão negativa do vazamento de petróleo no  Golfo do México?
Infelizmente, não podemos apagar o  acidente do Golfo do México nem recuperar as 11 vidas perdidas. Esse foi  um momento muito doloroso para toda a companhia e todas as pessoas  afetadas.  Nós lamentamos profundamente a perda de vidas humanas e o  impacto ao meio ambiente e às comunidades do Golfo do México. A BP  continua comprometida a restaurar a região afetada do Golfo do México  tanto do ponto de vista ambiental quanto do ponto de vista econômico.  Nós continuaremos a honrar todos os pedidos legítimos de indenização.  Estamos incorporando as lições aprendidas com esse acidente dentro da  própria estrutura da BP, reforçando a maneira como gerenciamos riscos e a  segurança.
Também estamos compartilhando esses aprendizados com a  indústria de petróleo e com governos e órgão reguladores de vários  países, inclusive o Brasil. Nós reconhecemos que reconquistar a  confiança requer ações e não apenas palavras, e para isso reorganizamos  nossas equipes de perfuração, nossas unidade de negócios, e criamos uma  Divisão de Risco e Segurança Operacional, que atuará de forma  independente para estabelecer padrões de segurança e intervir, quando  necessário, para parar as operações.
5X No mês passado, a  BP concluiu a aquisição do controle majoritário da Companhia Nacional de  Açúcar e Álcool (CNAA). O país vinha, recentemente, atravessando um  cenário de alta no setor de combustíveis, amenizado por intervenções  governamentais e pela chegada do período de safra. De que forma a BP  analisa esse mercado?
A BP foi a primeira empresa de  petróleo a investir na produção de etanol a partir de cana de açúcar no  Brasil, através da Tropical Bioenergia, e aumentou recentemente sua  participação no mercado brasileiro através da compra da CNAA. Com essa  aquisição, a BP passou a ser operadora de duas usinas de etanol, além de  uma terceira em construção. Quando concluída, a capacidade de produção  total no Brasil alcançará cerca de 1,4 bilhão de litros de etanol por  ano.
A BP também está investindo no desenvolvimento de moléculas  avançadas, através da empresa Butamax Advanced Biofules, uma parceria  entre a BP e a DuPont, que estabeleceu o primeiro laboratório da América  Latina dedicado exclusivamente à pesquisa e desenvolvimento de  biobutanol, localizado em Paulínia (SP). O etanol é atualmente uma das  formas mais viáveis de energia alternativa para o setor de transporte.  O  etanol produzido a partir da cana de açúcar é mais barato, menos  poluente e mais eficiente que o etanol produzido a partir de milho, por  exemplo. O Brasil tem uma grande vantagem em relação a seus  competidores: seu clima e solo são ideais e as plantações de cana de  açúcar não competem com outras culturas alimentares por espaço.
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