domingo, 15 de dezembro de 2013

México aprova lei que acaba com monopólio do petróleo no país

Fonte: Redação TN Petróleo, com agências
Os plenos do Senado e da Câmara de Deputados do México aprovaram, nesta quarta-feira (12) e quinta (13), respectivamente, a totalidade da polêmica reforma energética proposta pelo presidente Enrique Peña Nieto. Setores da esquerda e movimentos sociais do país denunciaram o caráter privatista da medida que visa abrir o setor energético do país ao capital estrangeiro. O documento segue para ser sancionado pelo presidente.
A discussão em ambas as casas durou cerca de 32 horas e foi apoiada pela base aliada do presidente, formada pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), o Partido Verde Ecologista do México (PVEM), Partido da Ação Nacional (PAN) e Partido Nova Aliança (Panal). Votaram contra a medida os legisladores do Partido da Revolução Democrática (PRD), Movimento Cidadão e do Partido do Trabalho (PT).
A reforma consiste na mudança dos artigos 27 e 28 da Constituição mexicana para permitir a abertura total ao investimento estrangeiro em exploração, produção e comercialização de hidrocarbonetos, assim como na geração de energia elétrica e marcará o fim do monopólio do petróleo e do gás por parte da estatal Pemex.
O projeto de reforma gerou grande rechaço na sociedade mexicana. Em setembro, milhares de pessoas saíram às ruas da Cidade do México contra o que consideraram uma “privatização disfarçada” da Pemex. Por outro lado, jornais estadunidenses comemoraram a medida classificada como “um passo gigante” e uma “vitória maior”.
“Esta é uma medida que os analistas dizem que poderia aumentar a limitada produção de petróleo e cimentar uma nova reputação da América do Norte como potência de produção de energia”, afirmou uma nota publicada pelo jornal Los Angeles Times.
Violação da Carta Magna
Em editorial, o tradicional jornal do país La Jornada acusou a reforma de ser uma “alteração gravíssima na Carta Magna” pela cessão “ao capital privado de faculdades até agora reservadas para a nação na prospecção, exploração e processamento de petróleo; pela conversão da Pemex e Comissão Federal de Eletricidade, paraestatais até agora em ‘empresas estatais produtivas’, e pela eliminação do caráter estratégico da refinação e transporte de petróleo, a geração de energia e a produção de gás”.
Para o jornal, tal medida gerará um desastre econômico, político e social. “o Estado perderá grande parte da receita do petróleo que agora recebe e, com ele, se enfraquecerão ou desaparecerão programas sociais que são essenciais para grandes setores empobrecidos da população e vai colocar em risco os orçamentos da saúde, educação e serviços”. E “reduzirá as já estreitas margens de soberania que ainda restam ao México”.
A criação da Pemex, em 1938, surgiu de um conflito entre os trabalhadores e as 17 petroleiras estrangeiras que operavam no México. Para resolver a contenda, o presidente Lazaro Cárdenas decretou a expropriação dos bens das companhias petroleiras em março de 1938. Três meses depois, criou a Pemex que detinha o monopólio constitucional para a exploração dos recursos energéticos (principalmente petróleo e gás natural).

Pré-sal deve gerar 46 mil empregos até 2015

Pré-sal deve gerar 46 mil empregos até 2015

Agência Petrobras
 22/11/2013 - 10 h 00
Os investimentos no setor de petróleo e gás, especialmente para exploração do pré-sal, criarão 46 mil empregos até 2015. Dessas vagas, 84%, ou 33,6 mil, serão ocupadas por técnicos ou profissionais de nível médio, em ocupações como soldador de tubulação, técnico petroquímico e encanador industrial. As informações são do Mapa do Trabalho Industrial, do Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai).
Conforme o estudo, 60% das novas vagas serão para funções industriais. Isso ocorre porque a cadeia produtiva do petróleo e gás exige qualificação muito específica, como os soldadores subaquáticos, que precisam mergulhar centenas de metros no oceano para fazer reparos nos equipamentos de extração.
Por isso, os profissionais são disputados pelo mercado e têm salários atraentes. Um técnico em mineração, responsável por supervisionar equipes durante o processo de extração, ganha, em média, R$ 11,1 mil ao mês em um mercado aquecido como o do Rio de Janeiro.
Além disso, o número de trabalhadores em funções industriais é mais alto nesse setor do que a média dos outros setores da indústria. Para se ter uma ideia, uma única sonda de perfuração precisa de 150 a 200 profissionais industriais altamente capacitados para ser operada. Só para operadores e técnicos de petróleo e gás, que podem trabalhar nessas sondas, em plataformas ou navios, serão abertas 12,5 mil vagas até 2015.
Os investimentos no setor de petróleo e gás, especialmente para exploração do pré-sal, criarão 46 mil empregos até 2015. Dessas vagas, 84%, ou 33,6 mil, serão ocupadas por técnicos ou profissionais de nível médio, em ocupações como soldador de tubulação, técnico petroquímico e encanador industrial. As informações são do Mapa do Trabalho Industrial, do Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai).
Conforme o estudo, 60% das novas vagas serão para funções industriais. Isso ocorre porque a cadeia produtiva do petróleo e gás exige qualificação muito específica, como os soldadores subaquáticos, que precisam mergulhar centenas de metros no oceano para fazer reparos nos equipamentos de extração.
Por isso, os profissionais são disputados pelo mercado e têm salários atraentes. Um técnico em mineração, responsável por supervisionar equipes durante o processo de extração, ganha, em média, R$ 11,1 mil ao mês em um mercado aquecido como o do Rio de Janeiro.
Além disso, o número de trabalhadores em funções industriais é mais alto nesse setor do que a média dos outros setores da indústria. Para se ter uma ideia, uma única sonda de perfuração precisa de 150 a 200 profissionais industriais altamente capacitados para ser operada. Só para operadores e técnicos de petróleo e gás, que podem trabalhar nessas sondas, em plataformas ou navios, serão abertas 12,5 mil vagas até 2015.
"A demanda por profissionais qualificados já é alta nesse período de aquecimento para a exploração dos campos do pré-sal. Mas deve se ampliar nos próximos cinco anos, quando as novas plantas entrarem em produção", prevê o diretor geral do SENAI, Rafael Lucchesi. Ele explica que grande parte das obras para o pré-sal ficará pronta a médio e longo prazos.
Para atender a essa expansão, o SENAI incluiu esse tema no seu planejamento estratégico e lançará, em 2014, três novos cursos de especialização para técnicos em construção naval nas áreas de pintura, mecatrônica e mecânica ou eletrônica.  Os novos profissionais aprenderão habilidades e conhecimentos das novas tecnologias do setor.
Investimento Japonês - Além disso, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) investirá R$ 10 milhões para equipar com tecnologia de ponta, quatro unidades do SENAI no Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. O objetivo é capacitar, pelo menos, 100 professores, que treinarão mão de obra para quatro estaleiros japoneses que estão se instalando no Brasil: o Ishikawajima-Harima Heavy Industries - que comprou 25% do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), o Kawasaky Heavy Industries, que está negociando estaleiros em Salvador, o Mitsubishi Heavy Industry, e o Japan Maritime United.
Um levantamento feito pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL) aponta que já existem 390 obras em andamento ou com intenção de construção, que custarão R$ 150 bilhões. De acordo com o estudo, a boa notícia é que a demanda deve crescer principalmente no setor de maior valor agregado, como sondas de perfuração, navios de apoio marítimo e petroleiros.