sábado, 25 de junho de 2011

Comissão avaliará divisão de royalties

 Fonte: O DIA Online

Senadores também discutirão guerra fiscal entre estados

Rio - A discussão da divisão dos royalties do pré-sal ganhará novo capítulo na próxima semana. É que o Senado promete instalar uma comissão para analisar as reivindicações de governadores em torno do assunto e das divergências na concessão de incentivos que resultam em guerra fiscal entre os estados.
A senadora Ana Rita (PT-ES) afirmou que as regras atuais de distribuição dos royalties devem ser mantidas para os contratos já pactuados. Segundo ela, novas regras só devem vigorar a partir dos contratos futuros.
Presidente do Senado, José Sarney disse que a comissão terá quatro senadores do Sudeste e 12 das outras regiões do País. A intenção é buscar um acordo sobre o assunto entre as bancadas dos estados produtores — Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo — e os demais.
Também devem ser discutidas medidas que garantam a permanência dos investimentos no Norte e no Nordeste, agora que o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucionais as leis de seis estados e do Distrito Federal que reduziram o ICMS para a instalação de empresas.
Produtores contra não produtores

A polêmica dos royalties começou com a aprovação pelo Congresso de projeto do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que alterou a fórmula de partilha e prejudicou o Rio ao determinar a divisão para todos os estados e municípios. Antes, a divisão privilegiava os estados produtores, como Rio e Espírito Santo. O presidente Lula vetou a mudança. Agora o veto do Executivo terá que ser analisado pelo Legislativo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Conteúdo local e defasagem de mão de obra qualificada nacional são temas debatidos na plenária

Por Maria Fernanda Romero
Fonte: RedaçãoTN Petróleo
Data: 15/06/2011 19:11
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O aumento e importância do conteúdo local nas operações de petróleo e gás no Brasil e a preocupação da mão-de-obra brasileira para o setor foi unanimidade nos discursos da plenária, realizada nesta tarde na 6ª Brasil Offshore. 
Com o tema “Dos campos maduros ao novo desenvolvimento do pré-sal: desafios e oportunidades offhsore no Brasil”, participaram da plenária: Renata Pereira, da Wilson & Sons; Patricia Pradal, da Chevron; João Felix, da Schlumberger; Carlos Camerini, da ONIP; Marcelo Borges de Macedo, da ANP; Eduardo Alessandro Molinari, da Petrobras; e Sérgio Leal, do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore).
Na ocasião, o coordenador corporativo de E&P da Petrobras, Eduardo Alessandro Molinari, citou a parceria da estatal com mais de 120 universidades e o Cenpes, seu centro de pesquisa no Rio de Janeiro, que vai receber novos vizinhos em breve, entre eles, as empresas Halliburton, TenarisConfab, Siemens, EMC Computer Systems, Baker Hughes, FMC Technologies, Usiminas e BG.
Entre os assuntos mais abordados pelos palestrantes estavam o investimento em tecnologia, especialização e o conteúdo local.
João Félix, vice presidente de marketing da Schlumberger, disse que a empresa prefere em vez de olhar para o conteúdo local, olhar para o conteúdo nacional, pois segundo ele o conteúdo local ainda é  muito restrito e a Schlumberger tem vários brasileiros trabalhando no exterior, também investem em centros de pesquisa no Brasil, e isso não conta como conteúdo local.
"O conteúdo local deve ser mais amplo e flexível. Inovação e propriedade intelectual são importantes e devem ser incluídas nesse processo também. As metas de conteúdo local muitas vezes embarreiram o desenvolvimento, pois diminui a possibilidade de trazermos tecnologia e pessoas de fora", complementa.
Para Marcelo Borges de Macedo, chefe da coordenadoria de conteúdo local da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) é importante que as empresas sigam corretamente as regulamentações. “Conteúdo local não é reserva de mercado, adotamos esse critério para o desenvolvimento do parque industrial brasileiro e para a geração de empregos”, afirmou.
 
Também participante do debate e trazendo um panorama atualizado da indústria naval brasileira, o secretário-executivo do Sinaval, Sérgio Leal, defendeu em seu discurso que o setor naval e de petróleo e gás precisa construir no Brasil tudo o que puder. "Com as regras de conteúdo nacional, todo mundo sai ganhando: o país, o estaleiro, o armador e a população, que terá mais emprego”, disse.
Em relação aos desafios na área de RH, Patrícia Pradal, diretora de desenvolvimento de negócios da Chevron, destacou a necessidade de investimento em qualificação profissional. “No Brasil, há um grande gap na área de recursos humanos. Se cada um de nós puder exportar nossa expertise, por exemplo, a partir da parceria com universidades, todos têm a ganhar. Assim podemos acompanhar o desenvolvimento das tecnologias necessárias para o setor", indicou.

 Também sobre o tema, o superintendente da Onip (Organização Nacional da Indústria e do Petróleo), Carlos Camerini, fez um desabafo: "O Brasil não tem mão-de-obra com capacidade de ser treinada ainda, pois falta formação".
O executivo focou seu discurso na competitividade da cadeia fornecedora offshore, tema do estudo que a entidade elaborou e lançou no ano passado com a consultoria internacional Booz & Company. Camerini disse que é diante desta defasagem de profissionais para o setor que o conteúdo local e a competitividade deve entrar também.

No mesmo debate, Renata Pereira, da Wilson, Sons, lembrou que outro grande desafio no Brasil é a logística. “O país tem dimensões continentais, o que torna a logística complexa, principalmente no que diz respeito a armazenamento e transporte de pessoas e equipamentos”.

terça-feira, 7 de junho de 2011

ANP coloca em consulta pública a primeira resolução como reguladora do etanol

Fonte: NN - Redação
O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, afirmou ontem, em São Paulo, onde participou da abertura do evento Ethanol Summit, que a Agência está trabalhando para que não haja desabastecimento de etanol no Brasil. "A primeira resolução da ANP como reguladora do mercado de etanol será sobre garantia de abastecimento e deverá ser levada à consulta pública em cerca de 15 dias", disse Haroldo Lima.  Ele acrescentou que o objetivo da Agência é ter as resoluções para regulação do mercado de etanol prontas e aprovadas antes do prazo de seis meses estipulado pela Medida Provisória 532, de 29/4/2011.O diretor-geral frisou que a ANP irá regular toda cadeia do etanol, atendendo às determinações da MP  532,  que tornou a Agência responsável por toda a cadeia de produção, movimentação e abastecimento de biocombustíveis (biodiesel e etanol) em todo o país, inclusive a exportação e importação de etanol.
A Agência criou, no mês passado, um grupo de trabalho para tratar das medidas para a implantação das mudanças relativas à regulação do mercado de etanol.Também participaram do evento o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, entre outras autoridades e representantes do mercado de combustíveis.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

P-56 terá primeiro óleo em agosto e pico de produção até março de 2012


A Petrobras pretende iniciar em agosto a produção na P-56, no campo de Marlim Sul, na bacia de Campos. A expectativa da companhia é de que o pico de produção de 100 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás seja atingido no primeiro trimestre do ano que vem. A plataforma, do tipo semi-submersível, será batizada amanhã, no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, em cerimônia que contará com a presença da presidente Dilma Rousseff.

A unidade ajudará a estatal a atingir a meta de 300 mil barris de óleo equivalente (BOE) por dia ao fim de 2011 no campo de Marlim Sul. Atualmente, o campo produz cerca de 243 mil BOE por dia. O gerente de implementação de empreendimentos para Marlim Sul, Roberto Moro, ressaltou que a P-56 será um clone da P-51 e da P-52, mas com o maior conteúdo nacional entre as três unidades, cerca de 73%, já que seu casco foi completamente construído no Brasil, parte na Nuclep e parte no Brasfels.

"A construção da plataforma foi toda feita aqui e tivemos quatro canteiros de obras no Rio de Janeiro", disse Moro, lembrando que apenas equipamentos sem produção no Brasil, como turbogeradores e turbocompressores, foram comprados fora do país. O gerente do ativo de Marlim Sul, Carlos Bartolomeu Barbosa, explicou que a reserva do campo está em torno de 540 milhões de BOE e que a companhia pretende manter a P-56, que custou cerca de US$ 1,5 bilhão, operando no campo até 2025. A produção inicial da unidade começará com um poço, com extração de cerca de 10 mil barris por dia.

Bartolomeu ressaltou ainda que a região de Marlim Sul tem prospectos de pré-sal, mas explicou que a decisão sobre perfuração na camada geológica não está a cargo da gerência de Marlim Sul, mas da área específica do pré-sal. Moro lembrou que a construção da P-56 antes da P-55 aconteceu depois que a licitação para as duas unidades foi cancelada devido aos preços considerados altos pela Petrobras.

Para ganhar tempo, a estatal decidiu construir a P-56 para operá-la no campo de Marlim Sul, onde a confiabilidade dos reservatórios - a área está sob concessão da Petrobras desde antes do início das rodadas de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) - é maior. "Vamos entrar em produção em agosto, antecipando em mais de um ano a produção", disse Moro, lembrando que a previsão inicial para a produção na região era para dezembro do ano que vem.